CLICA NO LINK EM BAIXO E DIVERTE-TE
http://cdn.abowman.com/widgets/penguins/penguins.swf
Passarinho
que não voa
é desenho no papel
é silêncio, é saudade
do céu
passarinho
que entoa
canção de ouro, babel
o teu canto nem giesta
esqueceu
passarinho pousa e balança o ramo
passarinho canta para as raízes
e as árvores contam em suas lendas
com passarinhos são mais felizes
passarinho
canta sonhos
e mistérios de alecrim
e segredos permanecem
sózinhos
passarinho
lindos olhos
viajantes do longe em mim
asas que não esquecem
caminhos.
Colibri, colibri
no país dos colibris
na Colômbia
nas terras brasis
beija-flôr
beija tua boca
que tua boca parece uma flôr
colibri, colibri
um país cheio de colibris
toda a gente quer dar de beber
toda a gente gosta de ver
o que é que ele faz
voa prá frente e voa pra trás
toda a gente gosta de jardins
erva-príncipe, tomilho bela luz
dias bons e dias ruins
qual é a flôr que mais te seduz
flôr de lótus, flôr de lis
flores com açucar para os colibris.
Atobá, inhambu, casuar
desconheço
cor da pena e o seu cantar
saracura, jacamim, seriema
ave rara na canção é o tema
minha ema,avestruz, abetarda, albatroz, arara
batuira,jaçanã, bacurau
diz quem sabe
ave rara não é bicho mau
beija-flôr, urutau
pelicano, pica-pau
cacatua,papagaio, tocano
aracuã,coruja, ibis
pena de pavão.
O teu canto é poesia
rouxinol, rouxinol
Homero te evocou na Odisseia
rouxinol, rouxinol
românticos acham-te uma musa
rouxinol, rouxinol
Virgílio compara o luto de Orfeu
com o lamento do rouxinol
o teu canto noturno
canto de solidão
de madrugada
canto guerreiro
o teu canto noturno
levanta o chão
a lua encantada
brilha certeiro
o teu canto é poesia
como na poesia persa
o amor do rouxinol
por uma rosa.
A rola voa baixinho
pousa na praça
vai beber água à fonte
com tanta graça
e canta tão bonitinho
a rola desse jardim
pelo caminho
sempre à vista não se esconde
e faz o ninho
ali bem perto de mim
a rola bate as asas
no meu telhado
canta para o fim do dia
poema cansado
como as pessoas nas casas
a rola nesta cidade
cor na avenida
entre os carros melodia
nunca perdida
canto novo, novidade.
Pardal de telhado
aos saltinhos
miudinhos
saltimbanco engraçado
em bando
domador do vento
bandoleiro nos atalhos
não se espanta
com espantalhos
pardal de telhado
romaria no quintal
pardal civilizado
no centro comercial
pardal de telhado
atrevido
não tem medo
de gigantes
figurantes
de esplanada
não tem medo
de nada
busca a fortuna
nas migalhas
canta, briga e não chora
faz o seu ninho de palhas
e quando quer vai embora.
Abelharuco
chapim-azul
andorinha dos beirais
guarda-rios, rouxinol
bico de lacre
rola brava
felosa-assobiadeira
andorinha-do-mar-rosa
carriço, calhandra, codorniz
estorninho, flamingo, galinhola
gaio, picanço, pintassilgo
pardal de telhado
o que dizem os pássaros à gaiola
o que dizem à liberdade
o que dizem ao silêncio da noite
o que dizem à madrugada.
Papagaio colorido
rabugento
divertido
sonolento
disse olá
quem vem lá, quem vem lá
quem vem
disse sim, disse não
disse palavrão
e agora
uma gargalhada sonora
eu estou fora, eu estou fora
eu estou
papagaio verde-cinza
ouro e azul
a pena alisa
de norte a sul
maracanã
jandaia
apuin
arara
papagaio chauá
o que disse eu não digo
tem muita calma contigo
não repete
repetiu
foi o que se viu, foi o que se viu
foi o que se
que serão tão diferente
imita, não imita
deixa a dona frita
o que muito a irrita
solenemente, solenemente
solene
papagaio indiscreto
mete o nariz
no top-secreto
no final feliz
maracanã
jandaia
apuin
arara
papagaio chauá.
O pato no lago
lagoa profunda
pingos de chuva
chuvisca, inunda
alegria na lama
chapinha na cama
em fila indiana
em fim de semana
o pato não dorme
canto vadio
mergulha e some
é dono do rio
pato que não voa
é feliz no chão
e brinca com a lua
noite sim noite não
pato colorido
cor de engana sol
preto fica verde
fica roxo, fica azul
pato marreco
pato selvagem
pato real, pato mudo
pato mandarim
pato dança na água
balança na terra
pato quando canta
parece que se ri de mim
pato negro cayuga
penas no jardim
grande alarido
em bando no fim
madrugada dentro
olho pequenino
vigia as estrelas
e as nuvens sem destino
cabeça não pára
perto e longe de casa
pato faz o pino
esconde os ventos na asa.
Flecha azul sobre a água
espreita marés
de azul e laranja
da cabeça aos pés
olha ali um guarda rios
quem é que o viu primeiro
asa redonda, voo razante
essa luz no horizonte
pousado em ramo seco
caça à espera
freirinha, chasco- de- rego
pisco-ribeiro.
O TRABALHO EM SALA DE AULA COM FILTRO DE IMAGEM