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O nome Roménia
vem de Roma
imperador Trajano
derrotou os Dácios
isso é uma certeza
um músico cigano
trouxe a cobza
dizem os livros teus
e o teu lema
nihil sine deo
ou nada sem Deus
cobza
lindo como os Cárpatos
de neve
cobzar
toca, molha meus olhos
ao de leve
instrumento antigo
pintado nas paredes
de nobres mosteiros
velhos lautari, cancioneiros
cantar é muito bom
igreja fortificada
lá na Transilvânia
que é romena
pelo tratado de Trianon
cobza...
Danúbio a correr
para o mar negro
escuta meu cobza e dança
Bucareste, Craiova, Constant(s)a
em Alba o sorriso
de uma criânça
chega até mim
no som da cobza
a canção
que nunca tem fim
cobza...
Parecido ao coração
forrado a veludo
sempre à volta tem lindezas
na orquestra gamelan
ele nunca fica mudo
toca livre com as suas certezas
ornamenta a melodia
e roda no chão
roda no chão
para o arco tocar outra corda
outra hora chega a hora
de tong seng solo
estátua do demónio bom
que afasta a dor
cinta quer dizer amor
Cântico de louvor, oração
anjos e princesas, celebração
castelos e deusas
perdidos no tempo
guardados no coração
no arco de caça
corda tinha som
no vaso Sumério
harpa belo tom
gótica, céltica
espanhola
jograis, menestréis
nobreza a seus pés
pintura de harpas na tumba do faraó
Ramsés
tua delicadeza, mágica
de grande beleza plástica
hebreus, babilónios
mesopotâmios
a história é trágica
uma casa real
está incompleta
sem tua presença
harpa predileta
raínha Elisabete
da Roménia
raínha Maria Antonieta
de França
na tradição judaico-cristã o rei David
toca harpa.
Sua origem permanece
em discussão
instrumento único
de Bali
como o luwak kopi
como Ketut
que leu a palma
da minha mão
dança Legong, selamat datang
Gabor, Taruna Jaya
as meninas dançam com os olhos
dançam com os dedos das mãos
Kecak Ramayana
e a dança do fogo
os homens cantam
sentados no chão
cantam sem parar
aos espíritos do mar
na era colonial
Nigeraja Kuning
em honra da raínha
se ouviram penting
era coisa oficial
a parada cultural
e esta paixão minha
sem fim
dança Legong, selamat datang
Gabor, Taruna Jaya
as meninas dançam com os olhos
dançam com os dedos das mãos
Kecak Ramayana
e a dança do fogo
os homens cantam
sentados no chão
cantam sem parar
aos espíritos do mar.
MÚSICA DE PENTING
Aquele que toca khalam
khalamkat
canto de louvor
Niger griot
caixa oval, pele de gado
fio de pesca, no fio de couro
para afinar
Mali, Gâmbia, Senegal
Burkina Faso, Mauritânia
Saara Ocidental
o nome wolof
a língua wolof
ndaga show
eu também vou
África é uma surpresa
em cada por do sol
em cada aurora
África é uma tristeza
na hora de partir
ir embora
pessoas ngoni
o ngoni instrumento
nas canções fasa
em mandingo
kamale ngoni
harpa do jovem
na música popular
wassoulou
do Mali
Bassekou Kouyate e ngoni ba
Bamako
no Mali
ponto de encontro do futuro lá
não me perco.
Rajada de chuva repentina
murmúrio de vozes suplicantes
pérolas caindo num prato de jade
nos dedos ligeiros da menina
Liu Fang em concertos delirantes
música chinesa da antiguidade
"branca neve primaveril"
"emboscada de todos os lados"
"o conquistador tira a armadura"
retratos da angústia de batalhas
do passado
pipa Hu, pipa estrangeira
pipa Tang, pipa colorida
pipa Qin, pipa verdadeira
pipa resumo da vida
o teu nome pipa deriva da técnica
de tocar com os dedos pra frente e pra trás
o comprimento 3 pés 5 polegadas
representa os três reinos, céu, terra, homem
os cinco elementos, água, fogo, ar, madeira e metal
quatro cordas são as quatro estações
quando o povo sofria
por ser forçado a trabalhar
na grande muralha, para o imperador
tocavam a pipa para expressar
o seu grande ressentimento
e a sua dor
pipa Hu, pipa estrangeira
pipa Tang, pipa colorida
pipa Qin, pipa verdadeira
pipa resumo da vida
a narrativa tradicional chinesa
refere a história de uma bela princesa
que foi enviada a um rei bárbaro para casar
a pipa foi criada para que a senhora
sentada sobre o cavalo, ao ir embora
acalmasse seus anseios a tocar.
Alaúde meu que evoca
a paisagem do teu rosto
na sombra do chador
o céu é isso que me toca
só o fim não tem oposto
o bom pode ser melhor
a tua forma de gota de água
pingo de suor do médio oriente
antiga civilização, mágoa crescente
Hitita, Grega, Arménia, Gandaresa
Turca, Egípcia, Romana
na Palestina toca Nizar Rohana
no Yemen toca Abu Baker Salem
no Irão toca Hossein Behroozinia
alaúde meu que evoca
os olhos de Xerazade
histórias de encantar
sairam de sua boca
Umm al-Qura, mãe cidade
mesquita azul, areia e mar
al-ud quer dizer madeira fina
a corda simples é a chanterelle
pintura no teto da capela palatina
quadro de Caravaggio com alaúde
chamamento pra rezar
no Kuwait toca Rashid Al Hameli
no Sudão toca Mustafa Said Ahmed
na Arábia Saudita toca Abadi al-Johar
alaúde meu que lindo
arabesco, galabiya
muqama arte tão bela
o deserto vai fugindo
do Nilo, da alegria
e do vinho da donzela.
Alaúde lua
noite sem luar
luzes de Xangai
graciosas curvas nos beirais
seda entrançada
jardim do dragão
a pedra de jade
a caligrafia, tua mão
um milhão de corajosos guerreiros
atravessam o rio Yangtzé
a música de yueqin não tem pé
não tem fundo
é o centro do mundo
festival das lanternas
deserto de Góbi
muralha da China
construída por Shi Huangdi
cidade proibída
dinastia Tang
o templo do céu
ópera de Beijing, Feng Shaoxian.
A lira é uma menina elegante
de voz doce
encantadora de flores
estrelas e pontos cardeais
o vento conduz as nuvens
para o canto da lira
se a lira não canta
chove
os anjos tocam a lira
sempre que estão felizes
isso acontece sempre que na terra
alguêm sorri para alguêm
sorri para o mar
inventa sereias
cores nos corais
se a lira não canta
sonha
a lira chegou à Grécia
vinda da Trácia ou da Lídia
na mitologia seus mestres
são Orfeu, Museu e Tamiris
segundo a lenda, a lira
foi inventada por Hermes
se a lira não canta
chora
a lira da antiguidade clássica
era feita de chifre de cabra
casca de tartaruga, está na pintura
lira Cretense, lira de Ponto
e de Constantinopla
se a lira não canta
morre.
Companheira de folia
no polegar a melodia
de noite adormece a lua
sonha o luar na minha rua
acompanha o passarinho
quando o sol se levanta
o Alentejo me encanta
com o seu cante certinho
Castro Verde, Odemira
ao despique, ao baldão
alegria não expira
no final da canção
campo branco, eu sou teu
tu és meu, és o meu chão
"diz a laranja ao limão"
não há doce como o meu
"indo eu por i abaixo"
tão contente para o balho
estou cansado do trabalho
meu amor, mas não te deixo
Beja, torre de menagem
evocando alguma dor
esquecida na paisagem
no peito do meu amor.
Psalterium
instrumento antigo
em forma de asa
em forma de asa de anjo
o céu não esconde brasa
nem castigo
nem desejo
rosácea ao centro
influência da arquitetura
gótica
o que é que tem dentro
caminhos marítimos, aventura
exótica
a forma triangular
um arco pra mostrar
essa alegria melódica
psanterin
palavra aramaica
não te deu origem
é o que alguns por aí dizem
na língua de Cristo
não existo
não existo
rosácea ao centro
influência da arquitetura
gótica
o que é que tem dentro
caminhos marítimos, aventura
exótica
a forma triangular
um arco pra mostrar
essa alegria melódica
psalterion
pra grego traduzido
na literatura
do antigo testamento perdido
corpo de navio, madeira dura
música de encantamento
rosácea ao centro
influência da arquitetura
gótica
o que é que tem dentro
caminhos marítimos, aventura
exótica
a forma triangular
um arco pra mostrar
essa alegria melódica.
Alaúde berber
guitarra marroquina
em forma de lágrima
que atravessa o Atlas
Anti-Atlas
e me anima
izlan, a canção de amor
tmawait, grito emocional
tameryazt, poesia cantada
ahidus, celebração coletiva
loutar
corpo de madeira escavada
a música nómada
música na madrugada
na praça jma el fnaa
como ali não há
chá de hortelã
ao raiar da manhã
perfume na boca
deserto de pedra
de areia
não sufoca
tamazigh, pessoa livre
tamazigh, pessoa livre
tamazigh, pessoa livre
tamazigh, pessoa livre
loutar
corpo de madeira escavada
a música nómada
música na madrugada
na praça jma el fnaa
como ali não há.
Em italiano mandolim
instrumento
em italiano mandorla
é amêndoa
raiz da palavra
deu o nome ao instrumento
miniatura de alaúde
que surgiu no século quinze
com o nome mandola
esse teu som me consola
mandolino milanês
bandolim napolitano
em Itália, ai de mim
cada terra com seu género
de bandolim
rapto de sabina
capela sistina
em Roma coliseu
fonte de trevi
praça de Siena
a torre de pisa
e um céu azul
que alma precisa
em ti
barroco Bernini
Leonardo Davinci
o David esculpido
Miguel Ângelo
ruas de Veneza
máscara beleza
Pietá, Maria com Jesus morto
ao colo
no Brasil toca no choro
e nas serestas
em Portugal estudantes
tocam nas tunas
na América bluegrass
bandolim orquestras.
Tradicional dos Himalaias
dupla cintura
pintados ou esculpidos
com simbolos religiosos
dramyin cham
associado a uma divindade
guardiã
os monges drukpa
usam nos festivais tsechus
proibídos no Tibete
feitos no Bhutão
último shangri-la
ninho do tigre
mosteiro taktshang goemba
leopardo nebuloso
thimphu
punakha dzong
as janelas e os telhados
em madeira são trabalhados
dança de máscara
felicidade
canção zhungdra.
Vem da beira litoral
tem uma boca oval
cavalete trabalhado
com motivos florais
corpo feito de pau-santo
Coimbra todo o encanto
o Mondego e o fado
desaguam nos meus ais
mãe-de-pérola, um botão
na toeira minha mão
fala de amores e intrigas
repúblicas, latadas
que segredos guarda a lua
passos perdidos na rua
choram tristes raparigas
que nunca foram beijadas
raínha santa Isabel
padroeira da cidade
a mata triste do choupal
o penedo da saudade
cidade de ruas estreitas
de pátios e escadinhas
de arcos medievais
pedras nunca estão sózinhas
serenata de estudante
Portugal dos pequeninos
toeira de tempo errante
sentinela de destinos
ponte de Pedro e Inês
o jardim da sereia
conímbriga e o que não vês
mouros chamaram-te Kulumriyya.
Tambur otomano
da música clássica
tocado com os dedos o mizrapli
tocado com o arco o yayli
o tocador é o tamburi
dizem que nasceu
do sumério pantur
os textos hititas
falam na tibula
damasco
noz persa
meca bálsamo
amora
zimbro grego
castanheiro espanhol
mogno
chama de bordo
jacarandá indiano
tambur otomano
da música clássica
concha de madeira em tiras
a que lhe dão o nome de tekne
fileto de ornamentação
braço do tambur
chama-se sap
a palheta baga
casca de tartaruga
damasco
noz persa
meca bálsamo
amora
zimbro grego
castanheiro espanhol
mogno
chama de bordo
jacarandá indiano.
Alaúde barco
esculpido de um tronco
madeira macia, meranti
as ilhas em arco
Borneo, tudo e tão pouco
um céu como eu nunca vi
Orang Ulu
a pele de bronze
do povo que vive rio acima
povo que entra em transe
povo que se anima
música ritual de sapeh
inspirada em sonhos
Malásia, Sarawak
as tribos Kenyah Kayan
sapeh com desenhos
canção de aldeia, Kelewah
duetos da manhã
a dança musuh
dança de combate
dois homens com escudo e espada
dança em linha e ngajat
corda solta beliscada
uchau bilong toca bem
as cordas do sapeh
feitas da árvore do sago
só no passado resta
só na história
mundo não tem aresta
coração é um bago
minha asa da memória.
Som bonito
a tua origem perde-se
na Ásia Central
chão infinito
Agra, Taj Mahal
arquitetura mughal
música clássica hindustani
duas cordas chikari
as gharanas
som bonito
o teu microtonalismo
no meu glissando
braço sem atrito
alma pura cantando
sobre o puro aço
nesse teu belo som introspetivo
everything is everywhere
quando tu amas
som bonito
da corte do marajá
ao sarod atual
Amjad Ali Khan
o céu musical
inventou Krishna
as pessoas dizem bravo
do sarod é o príncipe
e único rei
mas, do sarod só podes ser escravo
som bonito
o teu microtonalismo
no meu glissando.
Ukulele
ukelele
pulga saltitante
uke, uke
flea, fluke
plástico no fundo
música havaiana
em todo o mundo
a raínha Liliuokalani
último monarca do Havai
chamou-lhe o dom que veio aqui
emigrantes madeirenses, gerações
foram trabalhar nas plantações
de cana-de-açúcar
com rajão e machete a tocar
faziam concertos de rua
para o povo e para a lua
ukulele
ukelele
em forma d'abacaxi
uke, uke
de acácia
de acácia koa
música havaiana
música boa
a raínha Liliuokalani
último monarca do Havai
chamou-lhe o dom que veio aqui
pode ter reentrante afinação
quarta corda mais aguda
que a terceira, e porque não.
Zorba o grego
tocava santur
é o que diz o romance
história de amor
sem literatura não existem heróis
o aço e o bronze
Mezrab depois
música de ferro
do teu corpo vem
todos os Radif sem nenhuma idade
estátua sem nome
não representa ninguém
o lendário mestre Hassan Saba Ostad
dulcimer
trapézio
madeira exótica
dezoito kharak
pontes decifradas, beiras, bordas
santur são cem cordas.
Toque rasgado
a minha rusga não acaba
em flor de cerejeira
os Biscainhos
gente fina que tocava
canas-verdes, machimbo
o cavaquinho
é de Lisboa e é do Minho
é brasileiro
é do malhão
da congada paulista
é verdadeiro
boca de raia
a minha festa não acaba
com o peixe fora de água
em Cabo Verde
tem morna, tem coladera
funana em Ponta Preta
o cavaquinho
é de Lisboa e é do Minho
é brasileiro
é do malhão
da congada paulista
é verdadeiro
o cavaquinho
viajou nas caravelas
e chegou onde deu pé
e no Hawai
nos mistérios da lua
ukelele
o cavaquinho
é de Lisboa e é do Minho
é brasileiro
é do malhão
da congada paulista
é verdadeiro.
Harpa negra, minha kora
som de África, rainha
de Teranga o leão
harpa negra, sedutora
posso eu dizer que és minha
a meu pobre coração
na watoto hawajambo
e as crianças estão bem
o Sahel, mulher bela de ninguém
cidade santa de Touba
Senegâmbia, sol ardente
harpa negra, pé descalço, minha gente
ostinato é kumbengo
improviso birimintingo
tocados ao mesmo tempo
com polegar, indicador
Toumani Diabaté
de pai para filho, Jali
Guiné-Bissau, Gâmbia, Mali
no coração da lua, amor
kora no hino nacional
kora é peregrinação
kora é tribo banjara
kora é espada no Nepal
kora é vila no Japão
kora é deusa grega Persefone
harpa negra, Senegal
negra mão que te arpeja
rio da esperança
harpa negra, o bem o mal
o amor de quem te beija
tua somo la kwanza
no teu corpo de navio
o canto do vento e do mar
no cais que pretendes alcançar
melodia das estrelas
meia-noite, vagabundo
harpa negra, minha kora, o meu mundo
ostinato é kumbengo
improviso birimintingo
tocados ao mesmo tempo
com polegar, indicador
Toumani Diabaté
de pai para filho, Jali
Guiné-Bissau, Gâmbia, Mali
no coração da lua, amor.
Lembra uma âncora ao contrário
silêncio de sonho e musicaquário
afinado em quartas perfeitas no Irão
afinado com meu coração
escavado de um tronco apricot tree
beleza como eu nunca vi
na Pérsia, e também no Afeganistão
embelezado pela tua mão
uzbeks, turkmers, uyghurs e tajiks
música da alma não tem truques
tocado com arco sempre na vertical
braço curto, som bonito, som nasal.
(LIRA ETÍOPE)
Na cultura etíope
respeito pelos mais velhos
respeitar é muito bom
cada grupo étnico
está sempre associado a um som
Refrão
rainha de Sabá
trovadores populares
azmari que tem lá
algum instrumento
remonta à época
do Antigo Testamento
dita, lira etíope
lira que tem cinco cordas
mesopotâmico passado
para entreter o menino
na hora em que vai ser circuncidado
Refrão
o timbre depende
da técnica de execução
pulsada ou percutida
com varinha de condão
os velhos cantam as histórias de sua vida
Refrão
carapaça de tartaruga
toda coberta de pele
ai os meus olhos enxuga
me afasta de perigos
música religiosa com elementos cristãos antigos
rainha de Sabá
trovadores populares
azmari que tem lá.
Música raiz, moda de viola
repentista nordestino não tem escola
tem a simpatia da cobra coral
o Diabo é o maior violeiro, não faz mal
não vai pró inferno quem sabe tocar bem
afina rio abaixo como convém
folia de reis é preciso
ai Bruna Viola primeiro
diz a lenda que o poder do guizo
quebra corda ao outro violeiro
descende das violas dos portugueses
jesuítas usaram nas catequeses
e esse caboclo com a viola chorosa
afinação é cebolão, coisa curiosa
porque as mulheres choram como quem corta cebola
tão emocionadas com o som da viola
Parece à primeira vista
um instrumento para crianças
ou agradar a turista
tampo em pele de cobra
plectro preso à caixa de ressonância
imaginação de sobra
norte da Tailândia
Chiang Mai, Chiang Rai
onde o sorriso sai
o sol explodia
Buda esmeralda
minha alegria escalda
sung afina diferente
se é pra tocar apenas a solo
ou em conjunto com mais gente
instrumento parecido
tem no Tibete e no Japão
o mundo é tão divertido