A chegada a Siem Reap fez-se através de um voo da Vietnam Airlines proveniente de Luang Prabang. Foi uma viagem curta, com alguma turbulência devido às monções, mas nada de muito assustador. Os procedimentos junto dos serviços do aeroporto decorreram de forma organizada e rápida, o que nos permitiu sair rapidamente rumo ao nosso hotel. No entanto, um pequeno desencontro com o guia que nos devia esperar tornou esse momento mais curioso. O guia estava lá, mas com um cartaz que ninguém reconheceu como sendo dirigido a nós. Habitualmente, quer no Laos e no Vietnam, viajava na parte da frente das carrinhas que nos transportavam aos locais a visitar, o que me permitia ver a documentação que, por vezes, os guias consultavam. Desse modo foi possível para mim, identificar o guia que nos esperava e que nos devia conduzir ao hotel, reparando no nome e no símbolo da agência que também vira nos papéis dos guias no Laos e Vietnam. Cheguei junto do grupo e disse que o nosso guia deveria ser aquele e era. A dificuldade tornou-se maior devido ao facto do guia não falar inglês, mas acabou tudo bem.
A nossa primeira saída, para reconhecimento do local e aprender o caminho do centro de Siem Reap, foi feita já de noite, a pé. Apesar de ter chovido e a ameaça de mais chuva pairar sobre nós, é sempre a melhor maneira de aprender a movimentar-nos numa nova cidade, é caminhar calmamente, observar detalhes e memorizando pistas, pontos de referência para fazer o caminho de volta ao hotel. Não prescindindo, no entanto, do mapa da cidade, fornecido pelo guia ou solicitando no hotel.
A minha primeira impressão da cidade de Siem Reap não foi a melhor, devo confessar, no início da caminhada em busca dos mercados noturnos. No entanto, essa primeira impressão desfavorável desvaneceu-se rapidamente com a chegada aos mercados noturnos. O colorido, o movimento, o exotismo do que encontrei, fizeram com que a minha opinião de Siem Reap mudasse radicalmente. Parece que a vida está toda ali na sua mais esfuziante alegria.
Ponte colorida com reflexos no rio. Siem Reap, zona dos mercados noturnos.
Nesta primeira saída procurava também localizar alguns locais que tinha visto referidos por viajantes no trip advisor ou em blogues, e um desses locais era a Pub Street, onde se dizia haver bons restaurantes e muita animação a preços convidativos. Encontramos a Pub Street ali mesmo na zona dos mercados noturnos
Um dos locais que procurava por estar muito bem referenciado, era o restaurante Khmer Family, que encontramos um pouco por acaso, enquanto circulávamos pelo colorido e sempre agitado mercado. Nesse restaurante fizemos duas refeições, um jantar e um almoço e não desiludiu.
Durante toda esta viagem no Sudeste Asiático andei a pagar a cerveja consumida às principais refeições, almoço e jantar, a preços exorbitantes até para a Europa, cheguei a pagar cinco euros por uma garrafa de cerveja. Aqui no Cambodja a cerveja também é muito cara. Cheguei a perguntar ao guia porquê a cerveja tão cara, respondeu que eram os preços para os turistas, para os locais era mais barato. No entanto, percebemos que havia maneira de beber cerveja barata, basta apenas aproveitar as promoções que os restaurantes fazem publicitar em cartazes junto às respetivas esplanadas. Servem-nos uma cerveja a copo muito fresquinha, o copo é grande e o preço é muito mais barato que cerveja de garrafa. Tenho pena que só perto do fim da viagem tenha descoberto esta solução.
Outra curiosidade a que o viajante não consegue resistir é fotografar os carrinhos com vários tipos de insetos fritos e prontos a comer, no entanto, prepare-se porque se não comprar uma espetadinha de aranhas ou escorpiões tem que pagar para fotografar
É claro que eu paguei para fotografar, apesar da enorme curiosidade em provar, ainda não encontrei coragem suficiente para experimentar.
Aqui no Cambodja, os tuk-tuk também são diferentes do que se vê em outros países asiáticos. Fizemos várias viagens nestes tuk-tuk, que estão por todo o lado às centenas, e cujos condutores não se cansam de nos oferecer os seus serviços, sem no entanto serem demasiado incomodativos, basta dizer que não obrigado e eles não insistem. Mas de seguida já tem outro a perguntar se queremos tuk-tuk.
As massagens também são uma tradição por estas paragens. à medida que caminhamos despreocupados, procurando absorver e registar tudo o que nossos olhos vêm, somos convidados a fazer uma massagem. As massagens não são caras, antes pelo contrário, e podem mesmo ser feitas em plena rua, ou em espaços abertos para a rua.
CAMBODJA, Siem Reap
CAMBODJA, Siem Reap, Templos
CAMBODJA, Siem Reap, Dinner show