Biblia Isaias 3;4 e Cântico dos Cânticos
Os colares em forma de sol
em forma de lua
os brincos, as braceletes e os véus
as fitas da cabeça, as argolas dos pés
os cintos, os talismãs e os amuletos
os anéis, os adornos do nariz
os vestidos de festa, os mantos
os xailes e as bolsas de mão
os espelhos e as musselinas
os turbantes e as mantilhas
mas um rei ficou preso
às tuas tranças.
A Bíblia leva anos a ler. Eu li a Bíblia na sua totalidade, uma ou duas páginas por dia, fiz questão de conhecer inteiramente aquele que, quer se queira ou não, é o livro dos livros, pelo menos para a cultura ocidental. Numa dessas leituras diárias, em Isaías 3,4 encontrei o pedaço de texto que me pareceu interessante de musicar. A frase que termina a canção é, como assinalado, do Cântico dos Canticos.
PANTEISMO
O panteismo é frequentemente associado ao misticismo, em que o objectivo do mortal é alcançar uma união com o divino. Tudo é Deus.
ANIMISMO
Em muitas culturas existe uma crença dominante de que a natureza está povoada de espíritos. Isto designa-se por animismo, do latim animus, que significa espírito. A nossa cultura reconhece a presença de espíritos, numa quantidade de criaturas associadas a forças naturais, fadas, duendes, gnomos, fantasmas e sereias.
CONCEITO DE MUNDO
Uma concepção difundida em muitas religiões e culturas é o de a terra ter sido criada, ou formada, a partir de um ser ou de uma matéria primordiais. A mitologia escandinava relata a história de deuses que mataram o gigante da montanha, Yme, dando forma ao mundo a partir do seu corpo. Os gregos interpretavam-no como uma massa confusa, caos, que teria sido organizada por uma força divina no mundo que hoje conhecemos, cosmos. A criação pode ser encarada como uma espécie de nascimento, semelhante aquele que nos é familiar nos seres humanos e nos animais. Havia uma noção, no antigo Egipto, de que o universo tinha desabrochado de um ovo, enquanto o xintoísmo fornece a explicação de que as ilhas japonesas são a descendência do casal divino que criou o mundo. A história judaica, e cristã, da criação encontrada no antigo testamento, não menciona qualquer substância ou matéria primordial, mas fala de uma criação a partir do nada, que teria ocorrido através da palavra oral. Deus disse: Faça-se luz, e fez-se luz.
Muitas religiões contém também crenças relativas ao fim do mundo, que a mitologia escandinava designa por ragnarok. A terra, criada e depois ordenada, está constantemente sob a ameaça de forças demoníacas que pretendem destruir o seu sistema, e que um dia levarão a melhor. O cristianismo e o islamismo veêm o fim do mundo como intimamente ligado ao conceito do julgamento de Deus. As religiões indianas acolhem também a ideia de o mundo começar a existir e depois perecer, mas como um processo de repetição perpétuo, num ciclo sem princípio nem fim, tal como o dia se transforma em noite e depois de novo em dia.
RELACIONAMENTO DO HOMEM COM O DIVINO
No islamismo e no judaismo, o homem cumpre as suas obrigações religiosas pela submissão aos mandamentos de Deus. Nas religiões indias e africanas, pela adesão às leis tribais estabelecidas pelos antepassados. Na religião chinesa, alcançando a harmonia ou consonância com as forças básicas da existência, yin e yang.
RELIGIÃO E MAGIA
Em religião, o individuo sente-se totalmente dependente do poder divino. Com os rituais de magia, o homem tenta coagir as forças a atenderem os seus pedidos. A magia tem sido considerada por alguns como a origem ou o desenvolvimento primitivo da ciência. Muitas das ervas empregues pelos curandeiros, podem ser utilizadas pelas ciências médicas modernas.
ORAÇÃO
A oração tem vindo a ser designada por força impulsionadora de toda a piedade. A religião nunca está exclusivamente ligada ao intelecto. Ela envolve também as emoções, a música, o canto, a dança, pinturas, esculturas e altares estão presentes nos locais de reunião, uma vez que inflamam a imaginação e as emoções.
RELIGIÕES E TIPOS DE SOCIEDADE
Religiões originais
Primitivas das culturas não letradas, entre os povos tribais de África, Ásia, América e Polinésia. Crença numa miríade de forças, deuses e espíritos, que controlam a vida quotidiana.
Religiões nacionais
Religiões históricas que deixaram de ser praticadas; alemã, grega, romana, assirio-babilónica e egipcia. O xintoismo japonês ainda é uma reminiscência das mesmas. Caracterizam-se pelo politeismo.
Religiões mundiais
São universais e monoteistas. A pista destas religiões pode seguir-se até fundadores específicos.
Os taoistas chamam-lhe desequilibrio
o budismo chama-lhe ignorância
o islão atribui as culpas
à insurreição contra Deus
a tradição judaico-cristã
fala em pecado original
os freudianos dizem ser
o resultado do recontro
entre os instintos naturais
e as necessidades da civilização
porém, quem tem razão?
porém, quem tem razão?
ou não
porém quem tem razão (aleatório)
o sangue é vermelho por amor
o sangue é vermelho por amor
o sofrimento do homem vem da imperfeição.
TEXTO DE O CORÃO
Os exércitos de Salomão
génios, homens e pássaros
reuniram-se e puseram-se em marcha
até que chegaram ao vale das formigas
uma formiga disse:
formigas, entrai em vossas moradas
não vá acontecer que Salomão
e os seus exércitos
vos esmaguem sem se aperceberem disso
ao ouvir estas palavras
Salomão sorriu amplamente
e disse: Senhor meu
permite-me que te agradeça
o benefício que me dispensaste
e o que dispensaste aos meus pais
concede-me que eu faça uma boa obra
que te satisfaça
e introduz-me com a tua misericórdia
no número dos teus servidores justos.
HINDUISMO- India, Nepal, Bangladesh, Sri Lanka
BUDISMO- Sri Lanka, Sudeste Asiático, China, Coreia e Japão
ISLAMISMO- Malásia, Indonésia
CRISTIANISMO- Filipinas
Não existe uma palavra indígena para designar a religião da India. Também não há uma palavra equivalente para o conceito ocidental de religião, o mais aproximado é dharma; significa lei, dever, justiça, virtude, do mesmo modo que a moral ocidental, refere-se a obrigações de comportamento, quer religiosas quer sociais. O comportamento dharmico acredita que o sagrado é imanente no mundo. O mundo natural, a ordem social e a vida familiar, estão todos correlacionados com a ordem divina.
A PRIMEIRA ÉPOCA VÉDICA
Entre os anos 2000 e 1500 A.C, os povos da Ásia central começaram uma grande migração. Devido às antigas ligações entre estes vastos grupos de emigrantes, todos os povos da India, Irão e Europa, pertencem à família linguística indo-europeia. O sânscrito, o persa, o latim e os seus descendentes modernos, estão todos relacionados. As primeiras composições religiosas na India são os Vedas, textos indo-europeus em sânscrito.
VEDA- Conhecimento.
Estes textos contém a informação necessária para a realização dos sagrados rituais do fogo. Foram elaborados entre 1500 e 600 A.C. Os Vedas são quatro coletâneas (Samhitas) de material ritual. O Rigveda Samhita contém dez livros de hinos e várias divindades. O Samaveda Samhita é um livro de cânticos baseados no rigveda, com instruções para a sua recitação. O Yajurveda contém fórmulas curtas em prosa e verso, os mantras, usados nos rituais. O Atarveda é uma coletânea de hinos e fórmulas mágicas, relacionados com a vida do quotidiano. Cada uma das coletâneas védicas tem três tipos de material adicional, e o uso alargado da palavra veda inclui-os a todos. Os primeiros acréscimos dizem respeito à exegese ritual e chamam-se Bramana. Os bramanas descrevem regras para os rituais, e explicam a sua intenção e significado. Os segundos chamam-se composições da floresta (Aranyakas), porque, segundo a tradição, foram compostos na floresta por sábios solitários. Os Upanixades continuam a desenvolver as ideias do Aranyakas. Os Upanixades são os últimos acréscimos, elaborados entre 600 e 300 A.C. Os textos contém um conhecimento considerado como transcendendo o humano e eterno. Este foi revelado aos sábios quando se encontravam em estado de meditação. Algumas escolas teístas afirmam que os vedas foram escritos por Deus.
KRISHNA
Texto
Bhagavad-Gita
A opulência do absoluto: versos 22, 23, 24, 25, 26, 28, 30, 31, 32, 33, 35, 39.
Música
Carlos Manuel
Das letras sou a letra A
dos Vedas sou o Sama Veda
dos rios que correm sou o Ganges
dos sacrifícios sou o cantar dos santos nomes
dos generais sou Kartikeya
das armas sou o raio
dos objetos imóveis sou os Himalaias
das massas de água sou o oceano
dos semideuses sou Indra, o rei do céu
sou a ciência espiritual do eu
entre os animais selvagens sou o leão
das serpentes sou Vasuki
dos peixes sou o tubarão
da poesia sou Gayatri
dos sacerdotes sou o Brharpati, o principal
das vibrações sou o OM transcendental
dos criadores sou Brahma
dos purificadores sou o vento
entre as aves sou Garuda
entre os subjugadores sou o tempo
de todos os Rudras sou o senhor Shiva
dos sentidos sou a mente
entre os lógicos sou a verdade conclusiva
ademais, ó Arjuna, sou a semente
O PANTEÃO
Os deuses louvados nos vedas formam um panteão associado às forças naturais e culturais, organizadas de acordo com os três níveis do cosmos celestial, atmosférico e terrestre.
Domínio espiritual
Deus Varuna, o senhor da ordem (Rita). Rita é o oposto do caos, e Varuna é louvado para manter a retidão e impedir o cosmos de se dissolver no caos. Varuna é acompanhado de Mitra, deus da noite, que é também o senhor dos contratos sociais. Juntos, representam a ordem cósmica e social.
Domínio atmosférico
Indra, divindade guerreira, associado à trovoada. Nos primeiros hinos védicos, Indra é o chefe dos deuses, conforme é apropriado a uma cultura guerreira.
Domínio terrestre
Agni, deus do fogo. Soma, deus da bebida consumida durante o ritual do fogo. Brihaspati, patrono dos sacerdotes.
à medida que o ritual sacrificial ganhava mais importância, os deuses a ele associados eclipsavam as divindades dos hinos védicos mais antigos. O poder do sacrifício estava incorporado nos seus sons, nos hinos védicos entoados pelos sacerdotes. Esse poder chama-se brame, e os sacerdotes que o detinham eram os bramanes.
PURUSHA
A pessoa cósmica. Diz-se que os sacerdotes bramanes vêm da boca de Purusha, e a classe dominante (Rajanaya) ou Xátrias, vem dos seus braços. Das coxas vêm os Vaixiás (povo). Dos pés, os Sudras, a classe dos servos. O brame, poder da palavra sagrada e do sacrifício, é substituido pelo conhecimento de que brame é a essência última e subjacente ao universo. Este absoluto é designado por BRAMA, a forma universal, divindade suprema. Atman, o aspeto interno de Brama. O Atman é o verdadeiro eu dentro do indivíduo.
SAMSARA - Ciclo de renascimentos.
JATI ( Casta )- Nascimento
PÁRIAS- Indivíduos sem casta ou intocáveis, como os lixeiros ou criminosos.
Em termos de culto, a vaca é mais pura que Brama. Sempre que se tocar numa vaca estar-se-á, como consequência, ritualmente limpo. Até os dejetos e a urina são tão sagrados que poderão ser usados como agentes purificadores.
KARMA- Palavra sanscrita que significa ação ou acto (pensamentos, palavras, sentimentos) e não só actos físicos. O karma é uma constante impessoal, como uma lei natural. Assim, os efeitos das ações nesta vida, determinam aquilo que a pessoa experimentará depois da morte, e que tipo de vida terá na encarnação seguinte.
MOKSHA - A libertação do Samsara. Esta libertação obtém-se através do conhecimento. Quando se entende a natureza do brama, e, a natureza do próprio eu (atman), não há mais acumulação de karma, e o indivíduo não volta a renascer. A disciplina conhecida como ioga, desenvolveu-se como veículo para o moksha. A palavra ioga, da raíz sânscrita yug (unir, controlar), refere-se a disciplinas do ascetismo e meditação, que levam a um conhecimento inacessível à consciência humana. Ioga abrange uma disciplina moral, física e mental, porque o corpo tem de ser controlado, antes de ser possível controlar e centrar o espírito.
Yama, deus da morte, usa a seguinte analogis; um carro puxado por cavalos, para descrever o estado humano. O corpo é a carroça, os sentidos são os cavalos, e o eu (atman) é o cocheiro.
O hinduismo não reconhece uma fé-cega ou previdência divina. A responsabilidade pela vida presente e futura será sempre sua.
Na filosofia dos Upanixades é a doutrina de que o homem dispõe de uma alma imortal. Ela não envelhece quando envelheces, não morre quando tu morres.
Três vias para a salvação:
- Via do sacrifício, que vem desde os Vedas e se mantém até hoje. Através do sacrifício e das boas ações, tentar obter a felicidade terrena, saúde, riqueza e muitos filhos.
- Via do entendimento ou conhecimento, uma ideia fundamental dos Upanixades é a de que a ignorância do homem o amarra ao ciclo. Compreender a verdadeira natureza da existência, o oposto da ignorância, será um caminho para a salvação. O conhecimento que traz a salvação é a de que a alma humana (atman) está unida ao espírito do mundo (Brama). Todas as almas individuais são o reflexo desta alma única do mundo. Funciona como a lua refletindo-se em muitos lagos diferentes, pode existir um número infinito de tais reflexos, mas uma lua. O homem é libertado da transmigração uma vez atingida a compreensão absoluta da unicidade de atman e Brama. O objetivo é a dissolução em Brama, tal como a simples gota de chuva se dissolve no mar.
A VIA DA DEVOÇÃO
Popularizou-se na parte sul da India em 600 AC. Encontra a sua expressão máxima no Bhagavad Gita, um poema de instrução religioso. Predomina na India moderna.
Com a ajuda do ascetismo ou através da passividade as pessoas tentam suprimir todo o karma. O Bhagavad Gita aponta uma forma melhor e mais fácil. Se o homem se dedicar a Deus, desinteressadamente, isto é, sem ideias de lucro, ele será, pela graça de Deus, libertado da transmigração.
Quase todas as aldeias tem o seu Deus local. O culto divino concentra-se em dois deuses em particular, tendo ambos raízes védicas. Vishnu, meigo e benévolo, representado por um jovem maravilhoso. Sua importância decorre das descidas ou revelações como Rama e Krishna. O outro é Shiva, Deus da meditação e dos yogis, representado como um asceta, Deus colérico e arrebatado, criador e destruidor. A filosofia religiosa indiana assenta, com frequência, numa crença num Deus eterno, não estando especificado se este Deus é Shiva ou Vishnu ou outro qualquer. è deixado ao critério do indivíduo decidir sob que forma Deus deverá ser adorado.
BHAGAVAD-GITA
O Bhagavad-Gita faz parte do MAhabharata. O texto é um diálogo entre Arjuna, o gyerreiro Pandava e Krishna. Arjuna recusa-se a lutar, por ver amigos dos dois lados das fileiras. Arjuna fica entre o dever e o pecado, e Krishna ensina-o como viver uma vida dhármica. O corpo não é o eu, logo, não é verdadeiramente a pessoa que morre. O verdadeiro eu é o atman eterno, que não pode ser morto. No Bhagavad-Gita, Krishna delimita três caminhos que conduzem à libertação dos renascimentos; jnomo-ioga, a disciplina do conhecimento, carma-ioga,, a disciplina das ações, bakti-ioga, a disciplina da devoção. A tentativa de Arjuna de abandonar o seu dever, não era a solução correta para o problema de se expor ao Karma. Toda a gente deve realizar as ações apropriadas ao seu dharma (lei, dever, justiça, virtude). Krishna ensina que as ações que podem levar à libertação (ciclo de renascimento), não se limitam aos rituais se sacrifício, qualquer actividade diária pode ser oferecida a Krishna.
Eli Eli lamma sabachtani
falou Cristo em aramaico
quem sempre acreditou em ti
nesta grande ocidente laico
no oriente, mulher viúva, Kaliani
últimas palavras num mosaico
num livro, o amor vive-se
como último poder epopaico
na tela, aguarela, não cala desejo
boca por pintar não fala, pinta-se
para deixar a marca do beijo
em ti
compaixão, palavra sábia de Dalai
paz não é onomatopaico
últimas palavras em Oswiecim
um sorriso nunca é arcaico
Biçmillah, Irrahman, Irrahim
minha canção, jazz prosaico
últimas palavras antes de ti
tiro o som do português-galaico
om namah shivaya, vou falar comigo
minhas últimas palavras vão ser
quero ficar contigo
até morrer
todos sabem que a gota de água
se funde com o oceano
mas poucos sabem que o oceano
se funde com a gota de água.
Buda pronunciou o seu primeiro discuro em Benares, já na época um centro religioso, onde fez também os seus primeiros discipulos que o seguiam. O budismo desenvolveu-se no seio do hinduismo, como um caminho individual para a salvação.
O princípio propulsor por detrás do ciclo nascimento, morte, renascimento é constituído pelos pensamentos, palavras e atos do homem (karma). Ao contrário do hinduismo que acredita numa alma eterna (Atman), a alma vai vestindo novos corpos.
Buda rompeu radicalmente com este preceito ao negar que o homem possua uma alma e ao rejeitar a existência de um espírito do mundo. O entendimento que o homem tem de que possui uma alma baseia-se na ignorância, ignorância que promove o desejo, sendo o desejo a origem do karma do homem.
AS CINCO REGRAS DE CONDUTA (VIRTUDES)
- Não causar dano a qualquer criatura viva
- Não se apoderar daquilo que não é dado (não roubar)
- Não ter um comportamento irresponsável no que se refere aos prazeres sensuais
- Não mentir
- Não fazer ingestão de álcool ou drogas.
Buda e o budismo não reconhece qualquer ser superior capaz de instruir a humanidade sobre a forma como esta deverá viver. Assim, não existe "farás" e "não farás" e as regras são formuladas: tentarei ensinar-me a mim mesmo a não causar dano a qualquer criatura viva.
Adão, Set, Enós, Quenan
Malaliel, Jared, Henoc
Matusalém, Lamec, Noé
Sem, Arfaxad, Chela, Heber
Peleg, Réu, Serug, Naor
Tera, Abraão
Isaac
Jacob
o primeiro filho de Jacob, Ruben
perdeu o direito de primogénito
por ter dormido com uma
das esposas de seu pai
Simeão, Levi, Juda, Issacar
Zabulão, Dan, José, Benjamim
Neftali, Gad, Asser
de Levi, Queat, Ameran
Moisés
Jesus Cristo teve uma grande ideia
que nunca foi aproveitada
eis o princípio do fim
a canção.
Muitos, no budismo, partilham da opinião que uma mulher não poderá alcançar o nirvana antes de ter renascido como homem.
Os monges budistas levam uma vida de simplicidade e pobreza, recorrem à mendicidade que não é considerada degradante, é uma honra para os leigos dar esmola aos monges. Birmânia (Myanmar) e Tailândia são países devotamente budistas.
O culto religioso consistia, nos tempos remotos, integralmente na veneração de relíquias de buda ou de outros homens santos. Essas relíquias eram guardadas em pequenos montes de terra (stupas), que evoluiram gradualmente para os caractrísticos edifícios circulares ou em forma de sino, presentemente designados por pagodes. Buda não negou a existência de deuses. Foi um Deus (Brahma) que o instigou a proclamar a sua mensagem à humanidade. Não era um ateu no sentido que o ocidente lhe atribui. Acreditava que a existência dos deuses era exatamente como a do homem, transitória, e que, apesar de viverem mais tempo que os seres humanos, eles estão presos ao ciclo de renascimento.
Nos países budistas difundiu-se a veneração de demónios, de espíritos e várias outras divindades. Estes são seres vivos e ativos que, se cultivados de maneira correta, poderão trazer vantagens terrenas.
Os templos budistas contêm com frequência, estátuas de deuses como Vixnu, Indra, Ganesh, mas são sempre colocados de forma a ocupar uma posição de subserviência em relação a Buda. No budismo também ocorreu um cisma, uma divisão entre os seus discipulos, relativamente à forma como deveriam ser interpretados os seus ensinamentos. Cerca de 380 A.C. teve lugar um conselho eclesiástico, que terminou com o cisma entre as fações conservadora e uma fação mais liberal. Atualmente, dessas correntes principais, Theravada (escola dos anciãos) seguida no Sri Lanka, Birmânia, atual Myanmar, Tailândia, Camboja e Laos, a escola Mahayana (grande veículo) seguida na China, Tibet, Mongólia, Vietnam, Coreia e Japão.
Movimentos dentro da corrente budista mahayana; vajrayana tibetano e zen japonês.
No Tibet, o budismo fundiu-se com a religião local Bon, caracterizada pela crença em deuses e espíritos venerados com sacrifícios, representações de mistérios e danças rituais. O mantra no budismo tibetano é OM MANIPADME HUM. OM possui um significado exterior, simbolizando o corpo. Recitando-o obtém-se um efeito purificador de todas as ações negativas com ele cometidas. MANI PADME simboliza a palavra da sabedoria ou a palavra divina, mediante a sua recitação se purificam todas as palavras negativas. HUM simboliza a essência da mente, recitando-o obtém-se um efeito purificador de todos os pensamentos e emoções impuras.
OM - Fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino dos deuses. O sofrimento do reino dos deuses surge da previsão da própria queda do reino dos deuses, isto é, de morrerem e renascerem em reinos inferiores. Este sofrimento vem do orgulho.
MA - Fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino dos deuses guerreiros (asuras). O sofrimento dos asuras é a briga constante. Este sofrimento vem da inveja.
NI - Fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino humano. O sofrimento dos humanos é o nascimento, a doença, a velhice e a morte. Este sofrimento vem do desejo.
PAD - Fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino animal. O sofrimento dos animais é o da estupidez, da rapina de um sobre o outro, de ser morto pelos homens para obterem carne, peles, etc, e de ser morto pelas feras por dever. Este sofrimento vem da ignorância.
ME - Fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino dos fantasmas famintos. O sofrimento dos fantasmas famintos é o da fome e o da sede. Este sofrimento vem da ganância.
HUM - Fecha a porta para o sofrimento de renascer no reino do inferno. O sofrimento dos infernos é o calor e o frio. Este sofrimento vem da raiva e do ódio.
Guru Rimpoche - mestre precioso
Sakya Pandita - sábio dos Sakyas
Stupas - estruturas sagradas. São representações arquitetónicas do corpo, da palavra e do espírito de Buda. Cada um dos seus elementos encerra um vasto e muitifacetado simbolismo que faz destas estruturas uma espécie de mapa para a iluminação. A raíz sânscrita "stu" significa adorar ou louvar. A forma total da stupa é a de um buda sentado em meditação.
Lassa, capital do Tibete, em tibetano significa lugar dos deuses.
Escrevem-se mantras em rolos de papel, que são introduzidos nos moínhos, ou rodas, de oração, e depois rodados no sentido dos ponteiros do relógio, com a ajuda de um contrapeso. Ao fazer girar o moínho, o praticante concentra-se em espalhar pelo mundo as bençãos do mantra.
Puja - significa oferenda
A lenda que apresenta Shambhala como uma espécie de céu na terra, viria a dar origem ao paraíso mítico de Shangri-la.
Mandala - circulo (construções circulares em areia colorida). A areia usada nas mandalas é uma pedra branca macia que foi moída e tingída. Acredita-se que a observação de uma mandala representa uma benção, pois purifica a negatividade, ao mesmo tempo que gera compaixão. A mandala é uma representação pictórica dos textos de Kalachakra. No interior da circunferência há simbolos budistas e representações de divindades, formas humanas, animais e vegetais, corpos celestes, elementos físicos, estruturas arquitetónicas e jardins, sendo o anel exterior composto por sílabas em sânscrito.
No final da cerimónia de iniciação, desfazem-se ritualmente as mandalas de areia, como lição de efemeridade. As mandalas do Kalachakra são ainda utilizadas como oferendas pela paz mundial.
MONTE KAILASH
O monte Kailash é um dos lugares mais sagrados de toda a Ásia. Venerado simultâneamente por hindus, jainistas, budistas e bonpos. O monte Kailash representa na cosmografia budista, o eixo do mundo ou centro do universo, para os budistas tibetanos é a fortaleza da divindade tântricaChakrasamvara e sua esposa. Para os hindus, a montanha é o monte Meru, o trono de Shiva, enquanto os bonpos acreditam que foi no monte Kailash que o fundador da religião Bon, Tonpa Shenrab, desceu, vindo do reino celeste de Olmo Lung Ring. Os budistas tibetanos chamam Kang Rimpoche ou Montanha Preciosa ao monte Kailash. Os bonpo chamam-lhe Yungdrung Gu Tse, montanha da suástica com nove níveis. As suásticas são símbolos antigos de sorte. As nove suásticas representam os nove caminhos da religião bon.
A PROSTERNAÇÃO
É uma forma de meditação (não submissão a uma autoridade religiosa) sobre o potencial e aspirações espirituais de cada um. As prosternações são consideradas um poderoso método de purificação. As zonas do corpo que tocam o chão, joelhos, mãos e testa, constituem as cinco emoções perturbadoras que devem ser dominadas; a cólera, o apego egoísta, a ganância, o orgulho e a inveja. As prosternações constituem uma boa forma de exercício aeróbico, e muitos praticantes mantém a boa forma física por meio desta prática. Na prosternação de corpo inteiro, o praticante estende-se completamente no chão, e ergue as mãos acima da cabeça
Dharma; os ensinamentos de Buda.
BANDEIRAS DE ORAÇÃO - LUNG-TA
As bandeiras de oração tibetanas são feitas de algodão e impressas com símbolos auspiciosos e mantras, cuja boa influência é, supostamente, disseminada pelo vento. Crê-se que as bandeiras de oração proporcionam longevidade, felicidade e prosperidade a todos os habitantes da região. São conhecidas como Lung-Ta, expressão que significa cavalos de vento.
Thangkas são imagens sagradas sobre tecido. As thangkas adornavam as paredes de todos os mosteiros, conventos e casas do Tibet. Podem ter grandes dimensões.
Até 1911, a China era uma potência imperial. O imperador era o filho do céu na terra. A sua ideologia era o Confucionismo, que compreendia pensamentos, regras e sistemas sociais, desenvolvida pelo filósofo K'un Fu Tse (Confúcio em latim). Confúcio tinha ainda estabelecido normas para a vida religiosa, sacrifícios e rituais. Era uma religião de estado, praticada pela elite e pelas classes governantes, mas que nunca desceu e se infiltrou completamente na extensa camada popular.
Confúcio (551-479 A.C) era originário de família aristocrática empobrecida. A sua doutrina trata mais precisamente de noções que cobrem conceitos filosóficos e políticos, que constituem o esteio do governo e da burocracia imperiais. Típico desta tradição, é a sua perspetiva política pragmática e o seu interesse por questões sociológicas da atualidade, tais como a educação infantil, o papel do indivíduo na sociedade, normas corretas de conduta. O seu interesse por questões religiosas e metafísicas é muito menor. Confúcio via o homem como naturalmente bom, provindo todo o mal da sua falta de conhecimento. Mostra respeito pelos deuses, mas mantém-nos à distância.
O taoismo baseia-se no livro de Tao Te Ching, que significa "o livro de Tao e Te".
Tao - Ordem do mundo
Te - Força vital
Escrito por Lao-Tzu, filósofo contemporâneo de Confúcio, sec Vi A.C.
O taoismo envolve passividade. A ação mais importante para um taoista sábio é a inação. Enquanto Confúcio pretendia educar o homem através do conhecimento, Lao- Tzu preferia que ele ficasse ingénuo e simples como as crianças. Confúcio ansiava por regras e sistemas fixos. Lao-Tzu acreditava que o homem deveria intervir o menos possível. Confúcio desejava uma administração ordenada, para Lao-Tzu todas as administrações são más; "quanto mais leis e mais preceitos existirem, mais ladrões e bandidos haverá", refere o Tao te Ching.
A antiga religião nacional do Japão é o xintoismo. Sofreu forte influência do budismo e podem ser professadas alternadamente. O Japão moderno tem sido designado por laboratório religioso. Não possui ética ou credo formulado. O xintoismo possui vários milhões de deuses, Kamis, que se manifestam sob a forma de árvores, montanhas, rios, animais e seres humanos.
ORIGEM DIVINA DOS JAPONESES
Um casal divino, Izanagi e Izanami, teria descido do céu e dado origem às ilhas japonesas, depois, ao resto do mundo e a alguns kamis. O maior destes kamis era a deusa do sol, Amaterasu. Os outros kamis criaram os primeiros seres humanos. Mas, a sociedade humana necessitava de ordem, pelo que, o neto de Amaterasu foi mandado para a terra. Um dos seus descendentes viria a tornar-se o primeiro imperador do Japão. Em consequência, todos os japoneses têm origem divina, mas, em especial, o imperador. A religião estava intrinsecamente ligada ao nacionalismo, sendo o xintoismo, a autoridade ideológica para os pilotos suicídas japoneses (kamikaze significa vento divino). Cada soldado morto na guerra era imediatamente transformado num kami, com uma cerimónia em sua honra a ter lugar nos templos xintoistas. Depois da derrota do Japão em Agosto de 1945, o imperador emitiu uma declaração renunciando à sua natureza divina. O xintoismo foi abolido como religião de estado.
A palavra judeu deriva de Judeia, nome de uma parte do antigo domínio israelita. A religião é também descrita como mosaica, em virtude de Moisés ser considerado um dos seus fundadores. Os relatos bíblicos baseiam-se na crença firme de que Deus teria feito uma aliança, ou pacto, com o seu povo escolhido. Os relatos começam com Adão e Eva. As cidades ímpias de Sodoma e Gomorra foram extintas e a torre de Babel arrasada, por representarem a tentativa do homem de atingir o céu. Cada acontecimento histórico é interpretado pelos autores da Bíblia como uma expressão da vontade divina.
DE ABRAÃO A MOISÉS
A fase histórica seguinte, começou quando Abraão partiu da cidade de Ur, actualmente o sul do Iraque, cerca do ano 1800 A.C. Os doze filhos de Jacob tornaram-se os pais das doze tribos de Israel. Na sua caminhada para a terra prometida, algumas tribos acabaram no Egipto, onde foram escravizadas pelos faraós. A Bíblia relata como Moisés as conduziu para fora do Egipto, através de uma deambulação pelo deserto durante quarenta anos, antes de alcançarem Canaã, a terra prometida. No monte Sinai Deus entregou a Moisés as tábuas dos dez mandamentos.
Saul, primeiro rei de Israel, introduziu a monarquia cerca do ano mil antes de Cristo. A monarquia atingiu o seu máximo com David e Salomão. David foi o grande e lendário rei que combateu o inimigo e uniu as doze tribos, em Jerusalém.
A arca da aliança foi colocada no interior do templo mandado erigir pelo sucessor de David, Salomão. No templo eram realizados sacrifícios, oferta de animais ou frutos das colheitas, acompanhado por cânticos e hinos, os chamados salmos de David, Bíblia. Os sacrifícios eram em parte uma dádiva a Deus e expiação de culpa, tinham de ser executados de acordo com normas rigorosas.
A liderança do pais começou a mostrar sinais de decadência moral e política, o que desencadeou o opróbrio dos profetas. Um bom exemplo da pregação dos profetas foi a de Amós, 750 A.C, ele atacou os males sociais, a opressão dos pobres pelos ricos.
Desde o periodo medieval, e até aos nossos dias, os judeus têm sido sujeitos a perseguições. Em diversas épocas, a sociedade cristã acusou os judeus da morte de Jesus, considerando o seu destino (dos judeus) como um castigo.
EXPECTATIVAS MESSIÃNICAS E SIONISMO
Durante milhares de anos os judeus esperaram um Messias ( que significa ungido, rei) que criasse na terra um reino de paz. As raízes históricas dessas expectativas remontam à época de ouro de Israel, sob o domínio de David, quando os reis eram ungidos na entronização. Desde o tempo do exílio babilónico que os judeus alimentavam a esperança na crença de que um Messias haveria de vir, um novo rei da casa de David. O estabelecimento do estado de Israel, representou o culminar de um longo processo que teve início no final do século XIX, quando alguns judeus começaram a falar sobre a possibilidade de regressar à sua antiga terra natal, visto que a assimilação e a integração em outras sociedades nada tinham feito para acabar com a perseguição dos judeus, pelo que a única alternativa seria um estado próprio. Esta nação foi designada por Sionismo, que proveio de monte Sião, a colina sobre a qual Jerusalém foi parcialmente edificada.
A nova república de Israel foi proclamada em 1948 (três anos depois do fim da segunda guerra mundial). O novo estado tem-se mantido em permanente conflito com o mundo árabe, particularmente em virtude de todos os palestinianos terem sido desalojados aquando da fundação de Israel.
A Bíblia judaica é igual ao antigo testamento, mas ordenada de maneira bastante diferente. Vinte e quatro livros divididos em três grupos; A Lei - Tora, os cinco livros de Moisés. Os Profetas - Neviim, os livros históricos e proféticos. Os Escritos - Ketuvim, os livros remanescentes. As letras iniciais destas três secções formam TANAKH, a designação judaica comum para Bíblia. A palavra Bíblia deriva de uma palavra grega que significa Livros.
O termo Apocalíptico deriva da palavra grega que significa Descobrir ou Revelar. Tora - lei escrita (tábuas da lei). Talmude - lei oral, revelada a Moisés e passada a escrito por causa da diáspora dos judeus. Talmude significa Estudo.
A sinagoga não dispõe de imagens religiosas ou de peças de altar, uma vez que as imagens são proibídas. O ponto central de uma sinagoga é a arca (da Tora), na parede leste, em diração a Jerusalém. Aqui estão guardados os rolos da Tora escritos em velhos pergaminhos. O culto compreende as leituras da Tora, orações, salmos e bençãos. Os judeus têm o seu próprio livro, o Sidur, que contém tudo isto.
Credo - Shema
Os cultos na sinagoga podem ser feitos sempre que estiverem dez homens adultos. A idade adulta é outorgada através da cerimónia de BAR.
MITZVAH, aos treze anos de idade.
O Sabat decorre do pôr do sol de 6º feira até ao pôr do sol de sábado. A origem da observância do Sabat pode ser encontrada na história da criação; ao sétimo dia Deus descansou.
KOSHER, adequado ou permitido. Animais ruminantes com as patas fendidas em dois, exclui o porco, camelo, lebre, coelho. Peixes com escamas e barbatanas, exclui lagosta, mexilhão, caranguejo, polvo e afins. Todas as frutas e vegetais são Kosher assim como bebidas alcoólicas e não alcoólicas. Alimentos com leite não podem ser ingeridos juntamente com carne.
Para terem a certeza absoluta que as duas coisas não são misturadas, os judeus usam dois equipamentos de cozinha, um para alimentos que contenham leite, e o outro para alimentos constituídos por carne. Os utensílios deverão ser lavados separadamente, em recipientes separados, e utilizando panos distintos ou duas máquinas de lavar.
613 mandamentos
248 preceitos
365 injunções
Diz-se que um costume judaico obriga tanto como uma lei.
Circuncisão, oito dias depois do nascimento.
Aos treze anos um rapaz judeu torna-se um Bar Mitzvah, expressão hebraica que significa filho do mandamento. As raparigas Bat Mitzvah (filha do mandamento) ao completar doze anos.
Os judeus contam o tempo em relação à criação do universo, o que, segundo o nosso calendário, terá ocorrido a 5 de Outubro de 3761 A.C, ou seja, 5776 anos. O calendário é lunar, sendo constituído por doze meses de vinte e nove ou trinta dias, num total de 354 dias.
FESTIVIDADES JUDAICAS
YOM KIPPUR - O dia da expiação
Festa dos Tabernáculos
Festa da dedicação
Páscoa ou Pesach, comemora a saída do Egipto
Festa das semanas ou Pentecostes judaico (Maio ou Junho), celebra a entrega da Tora no Monte Sinai.
Islam significa submissão ou devoção. O islamismo foi, durante muito tempo, conhecido no Ocidente por Maometismo, o que se prende com a enorme influência exercida pelo profeta Maomé sobre o islamismo. Maomé nasceu em Meca na Arábia por volta de 570 DC. Ficou orfão cedo e foi criado por Abu Talib que o apoiou na sua pregação. Tornou-se condutor de camelos de uma viúva rica, Khadidja, com quem se casou. Khadidja foi a primeira a seguir Maomé quando ele falou das suas revelações.
A Pedra Negra, em Meca, era igualmente sagrada para as tribos nómadas do exterior da cidade, e as peregrinações a esse local eram comuns muito antes do tempo de Maomé. Mas, quer em Meca, quer entre os Beduinos, eram correntes o culto ou a adoração de muitos deuses e seres sobrenaturais.
O Corão só foi registado por escrito após a morte de Maomé.
A emigração de Maomé de Meca (onde era contestado) para Medina, designa-se por Hijra (Hégira), que significa quebra ou partida. Mais tarde tomou Meca (numa luta também designada por Jihad), e, através de meios militares e diplomáticos, subjugou grandes parcelas da Arábia. Antes de morrer em 632 DC, tinha unido o pais num reino sob uma religião comum, que se tornou mais importante que os velhos laços familiares e tribais.
Depois da morte de Maomé, os muçulmanos foram governados por califas ou sucessores. O quarto califa foi Ali. Ali era filho do tio de Maomé (seu primo) Abu Talib que havia criado Maomé. Além disso, Ali casou com a filha de Maomé, Fátima. O partido de Ali, Shiat Ali (ou Xiismo) ganhou a disputa. Os opositores defendiam que o califa deveria ser o pai de Aisha, que se havia casado com Maomé. Aisha perdeu e declarou-se da oposição. Os Xiitas acreditam que o lider deve ser um descendente direto do profeta.
Após a morte de Ali (4º califa), o califado teve a sua sede em Damasco, depois passou para Bagdad durante quinhentos anos. A seguir, a liderança passou para o sultão turco em Istambul. O último sultão foi derrubado em 1924, e, desde então, o mundo islâmico não tem tido nenhum califa como chefe.
REVELAÇÃO
Deus falou ao homem através do seu profeta Maomé, o último de uma longa linhagem de profetas que Deus enviou à humanidade; Adão, Abraão, Moisés, David e Jesus. Originalmente, Maomé considerava-se como parte da comunidade Judaico-Cristã, mas, gradualmente foi-se distanciando de ambos. Para criar um fundamento histórico para a sua nova religião, Maomé recuou até Abraão e Ismael, antepassado dos árabes. Maomé ensinava que Abraão e o seu filho Ismael tinham reconstruido o Kabah, que fora erigido por Adão, mas destruído pelo dilúvio, no tempo de Noé. Segundo Maomé, os judeus, os cristãos e os politeístas teriam corrompido o monoteísmo original de Abraão. Depois de ter chegado a Medina, Maomé institui que se deixasse de rezar na direção de Jerusalém. Após a rutura com os judeus, decidiu-se que o orante voltasse o rosto para Meca.
A mais severa crítica de Maomé ao cristianismo foi reservada à santíssima trindade, que ele acreditava ser uma violação ao monoteísmo puro.
No cristianismo, a palavra de Deus transformou-se numa pessoa. No islamismo, a palavra de Deus transformou-se num livro. Não é correto comparar-se Jesus a Maomé, e a Bíblia ao Corão. Seria mais apropriado dizer-se que Jesus é um paralelo do Corão.
O mês de jejum do Ramadão é aquele em que Maomé teve a primeira revelação. A razão para o jejum é de que todo o muçulmano deveria retirar-se por um tempo, como fez Maomé.
SHARIA - Lei islâmica sagrada. Significa "caminho para o ponto de água".
HADITH - Palavra árabe que significa "narrativa". Segundo o Corão é a outra fonte de legislação islâmica.
Os sunitas sustentam que a revelação ocorre apenas uma vez na sua forma final. Mas os xiitas acreditam que a revelação pode continuar através dos seus lideres, os imãs. Significa isto que podem ser dadas novas interpretações à lei, com base no entendimento pessoal do imâ.
A tradição do uso do véu não provém do Corão. Era, originalmente, uma moda circunscrita às classes superiores, não penetrando na sociedade agricola.
FILOSOFIA NO ISLÃO
Ibn Rushid ou Averróis, o maior dos filósofos do califado de Córdova (sec XII) 1126/1198, afirmou: "Aqueles que não têm instrução, necessitam de imaginar Deus com uma forma humana, e o paraiso como um local de conforto material. Porém, os individuos iluminados apreendem esses conceitos como simbolos revestidos de um significado espiritual."
Averróis pretendia combinar religião com pensamento filosófico e científico, mas a oposição a este ponto de vista cresceu e, após a sua morte, os eruditos muçulmanos concentraram-se no estudo das escrituras e da tradição. Agora, têm sido debatidas novas ideias relativas à reforma e liberalização. Os muçulmanos têm tentado adaptar a sua religião às condições actuais e à ciência moderna.
SUFISMO - Misticismo islâmico. Os sufis /suf=lã em árabe) acreditavam que Deus era, acima de tudo, um Deus afetuoso e dedicado, com quem o homem poderia alcançar uma unicidade mística. Esses pensamentos pareciam contrastar fortemente com a ideia de Deus como o juiz exaltado e inacessível, ao qual o homem deveria submeter-se. Jesus desempenhou um papel importante como ideal ascético no sufismo primitivo. O misticismo sufista partilha características do misticismo de outras religiões. O sufismo utiliza também exercícios de meditação e mantras (palavras ou orações) repetidas vezes sem conta, acompanhadas de exercícios de respiração e movimentos particulares.
O pecado é o desejo humano de auto-suficiência, a sua ânsia de se desenvencilhar sem Deus. O pecado é o que leva ao egocentrismo e ao egoismo. Lutero descreveu-o na expressão latina "incurvatus in se" ou curvar-se sobre si mesmo
PECADO ORIGINAL
A expressão pecado original não se encontra na Bíblia, porèm, é usada pelos teólogos para descrever o pecado com o qual todo o ser humano vem ao mundo. Isto significa que toda a gente tem um desejo inato de ir contra os desígnios de Deus. O pecado é simultâneamente um estado e uma ação. O Novo Testamento usa a palavra grega "hamartia" para significar pecado. Este substantivo deriva do verbo que pode significar omitir algo, tomar a estrada errada ou enganar o próprio destino. Podemos assim dizer que o pecado descreve aquilo que viola as intenções de Deus para a vida humana. A palavra tem um sentido muito mais lato que fazer algo errado.
A ORIGEM DO MAL
Em Génesis 6,5-8 Deus arrepende-se da criação. No Credo, afirmamos que Deus é omnipotente. Como se explica então, que Deus pode ser simultaneamente omnipotente e infinitamente bom, quando existe tanto sofrimento no mundo? Este conflito é designado como "a questão do mal". A bíblia fala numa força que se opõe a Deus. A narrativa da criação fala da serpente, de Satã, que, segundo a lenda, teria sido o anjo mais belo, Lúcifer (anjo de luz) que foi banido para as regiões infernais, por se opor à vontade de Deus. Fala-se de um poder pessoal de oposição a Deus, o demónio. Será que afinal Deus não é omnipotente? Apesar de todos nós conhecermos o mal como parte integrante da existência humana, o cristianismo sustenta que um dia o mal será vencido. O problema do mal tem sido, para muitos, a principal razão para negarem o cristianismo. É relativamente fácil dizer que, um dia, o mal será vencido. Porém, onde estava Deus em Auschwitz? Em Hiroshima? Jesus fez a masma pergunta quando estava pregado na cruz "meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?
Talvez nenhum outro ser tenha tido uma tão grande influência na história do mundo como Jesus de Nazaré. A questão de quem era Jesus intriga a cultura ocidental há cerca de dois mil anos. Seria ele um visionário religioso? Ou seria um homem piedoso que queria ensinar aos seus semelhantes como eles deveriam viver? Jesus nasceu antes da morte de Herodes, o grande, talvez no ano romano de 749. Quando o calendário atual foi introduzido, acreditava-se que Jesus tinha nascido em 754, existindo, portanto, uma discrepância de pelo menos cinco anos.
O JESUS DA HISTÓRIA
Devido a algumas discrepâncias entre os evangelhos, é quase impossível traçar um retrato biográfico de Jesus. Os evangelhos exaltam repetidamente a crença de que Jesus é o Messias, anunciado pelo Antigo Testamento.