Criar um Site Grátis Fantástico
Translate to English Translate to Spanish Translate to French Translate to German Translate to Italian Translate to Russian Translate to Chinese Translate to Japanese
INQUÉRITO
DO QUE GOSTOU MAIS?
Fotos
Canções
Videos
Poesia
Textos
Projectos escolares
Tema religião
Tema mitologia
Ver Resultados

Rating: 2.5/5 (1347 votos)




ONLINE
1





Partilhe esta Página



BENVINDO

WELCOME

BIENVENU

WILLKOMMEN

BIENVENIDO

benvenuto

välkommen

bine ai venit

ترحيب

ברוך הבא

आपका स्वागत है

歡迎

καλωσόρισμα

добро пожаловать

ยินดีต้อนรับ

환영

kuwakaribisha

歓迎

ողջույն

selamat datang

நல்வரவு

 

 

 

 SOBRE MIM

     O meu nome é carlos manuel, sou professor, autor, compositor, colecionador de instrumentos musicais de todo o mundo e viajante sempre desejoso de ir mais longe. Gosto de viajar dentro de mim, em busca de novos lugares de inspiração e criatividade. Gosto de viajar na musica, na beleza das palavras e dos sons. Gosto de fazer música para quem nela quiser viajar.

 

VER TAMBÉM

www.vozetnica.blogspot.com

 

 MUSEU

     A instalação de um museu, onde possa ter exposta, de forma permanente, a minha coleção de instrumentos étnicos de todo o mundo, é um desejo só possível com ajuda jurídica e financeira. Para quem puder, e quiser ajudar, por favor contacte-me para o meu email carlosmanuel.sp@gmail.com Obrigado.

 

 

PUBLICIDADE

    No sentido de proporcionar receitas para a instalação do museu, é possível também a colocação de publicidade neste site. A eventuais interessados deixo o meu contacto de email: carlosmanuel.sp@gmail.com

Adufe genial da Catarina Anes, para Projeto Escolar Duff e Adufe, ano letivo 2015/16. Trabalho realizado pela Catarina com o seu pai e mãe. Muito obrigado. Clique no slideshow e aceda à página Duff e Adufe.

Projeto Escolar Duff e Adufe. Adufe pavão do professor, feito em caixa de pizza e cartolinas. Mais fotos, canções e vídeos em janela EDUCAÇÃO, item Duff e Adufe

 

cartaxo da Catarina Anes e do pai

Cartaxo da Catarina Anes, 5ºF e do pai, para projeto escolar cartaxos, ano letivo 2014/2015. Ver fotos e canções em item Educação/Cartaxos. Este trabalho obteve o 1º lugar no concurso de cartaxos.

Painel de cartaxos de João Henriques e família

Painel de cartaxos de João Henriques e família para a exposição escolar 2014/2015. Ver fotos e canções em item Educação/Cartaxos. Este trabalho obteve o 2º lugar no concurso de cartaxos.

Museu Virtual

Clique na imagem e aceda a link

cartaxos do João Henriques, do pai e da mãe

Cartaxo do João Henriques, do pai e da mãe. Projeto escolar 2014/2015 "Cartaxos". Ver fotos e canções em janela Educação, item cartaxos.

 

cartaxos bruxa

Cartaxos bruxa do professor. Mais fotos e canções em janela Educação, item Cartaxos.

 

Mobile sonoro

Mobile sonoro vencedor do concurso escolar. Feito por alunos e monitores da Cercimor. Do aluno Pedro do 5º ano. Mais fotos, video e canções, no item EDUCAÇÃO, mobiles sonoros.

Mobile sonoro

 

fundaçãocmcm

Clique na imagem e aceda a link

 

Chincalhos

Chincalhos. Feitos por alunas de 5º ano e famílias para a exposição na escola. Estes chincalhos inspiraram canções ao professor, que foram trabalhadas nas aulas, com flautas e instrumental Orff, gravadas e filmadas. Mais fotos e canções no item EDUCAÇÃO, canções dos instrumentos.

Chincalhos

Clique na imagem para ir a:

CMSerProfessor

 

Mobile sonoro

Mobile sonoro feito por aluna do 5º ano e a avó. Inspirou a canção Búzios, que se pode ouvir no item EDUCAÇÃO, mobiles sonoros.

 

carlosnetmood

Clique na imagem para aceder a link

 

Maraca

Maraca gato branco. Feito por aluna do 5º ano e família. Canção inspirada neste instrumento no item EDUCAÇAO, canções dos instrumentos.

 

Mobile sonoro

Mobile sonoro de canas coloridas. Feito por aluna do 5º ano e monitora da oficina da criança. Inspirou a canção Canavial, em item EDUCAÇÃO, mobiles sonoros.

 

pinto a manta

Clique na imagem para aceder a link

 

Reco-reco

Reco-reco galo. Feito por aluno do 5º ano e família para exposição escolar. Inspirou a canção Um regalo, que se encontra no item EDUCAÇÃO, canções dos instrumentos.

 

Reco-reco

Reco-reco peixe. Colaboração de aluna de 5º ano para a exposição na semana de educação musical. O instrumento foi construído por um senhor amigo da família, no Escoural. Inspirou canção, que se encontra no item EDUCAÇÃO, canções dos instrumentos.

 

Cartaxo

Cartaxo. Instrumento de cana, utilizado nos ranchos folclóricos. Oferecido por aluno. Tema para a exposição escolar deste ano letivo 2014/15. Ver fotos e canções no item CARTAXOS.

 

Natureza sonora

Natureza sonora. Projeto escolar. Mais fotos e canções em item EDUCAÇÃO, natureza sonora.

 

Mobile sonoro

Mobile sonoro com aproveitamento de tampas de garrafas e algumas conchas. Colaboração para a exposição escolar de aluno de 5º ano e família. Inspirou a canção Tampinha, trabalhada na aula com vozes, flautas e Orff.

 

Tréculas

 Tréculas. Idiofone tradicional português. Este instrumento foi feito pelo pai de uma aluna de 6º ano para a exposição da escola subordinada ao tema "instrumentos tradicionais". Inspirou uma canção, que a turma trabalhou com vozes, flautas e Orff. Mais fotos e canções em item EDUCAÇÃO, canções dos instrumentos.

 

          

  

 

                 

 

 Ronca de Elvas

 Ronca de Elvas. Mais fotos em MUSEU e EXPOSIÇÃO. Veja também o video no atelier do autor das roncas, Luis Pedras, em OUTRAS ARTES, roncas de Elvas.
         
 

 
         
    
Cordofones e idiofones da minha coleção. Mais fotos em item MUSEU e EXPOSIÇÃO.

 
 
            

     

 

 

 

Mobiles sonoros

 Mobiles sonoros. Mais fotos, videos e canções em item EDUCAÇÃO, mobiles sonoros.

 

 

        

 

 

                

 

 

Na sala de aula

 

 

 

 

 

               

 

 

 

 

 

 

 

          

 

 

                     

 

 

 

 

 

 

 

             

 

 

 

 

                      

       

 

      

 

 

 

      

 

 

            

 

        

 

 

 

 

          

 

 

 

 

 

 

                       

 

 

 

 

 

                  

 

 

 

                  

 

 

 

          

 

 

 

                

 


carnival pen design
carnival pen design


CARNIVAL PEN DESIGN

Este é um novo projeto, nascido hoje mesmo, dia 17 de Outubro de 2016. No entanto, pensando bem, à muito que, a pouco e pouco, sem que eu mesmo me desse conta, alguns acontecimentos conspiraram para que a ideia nascesse.

O primeiro momento foi quando em Marrocos, mais especificamente em Essaouira, cerca de três anos antes, comprei uns suportes para cargas de canetas em madeira muito bonitos. Para usufruir desses suportes que acabam por produzir canetas inéditas, tenho que partir os suportes plásticos das canetas Bic cristal tradicionais, pois são as cargas de tinta dessas canetas que encaixam perfeitamente nos suportes que comprei em Marrocos. E assim tenho feito.

Entretanto, à dois anos, o meu projeto na escola foi "Os cartaxos", pequenos instrumentos feitos de cana, usados sobretudo nos ranchos folclóricos. Depois de muitos cartaxos que construí, até procurando novos materiais para que com o mesmo princípio técnico pudesse obter novas sonoridades, lembrei-me de fazer uns cartaxos com canas mais finas, de maneira que, na extremidade oposta à qual se instala o batente do cartaxo, pudesse trabalhar na cana uma perfuração que me permitisse introduzir uma carga das mesmas canetas Bic cristal tradicionais. Assim nasceu, já lá vai mais de um ano, as canetas cartaxo, que muito impressionaram os alunos, pois que as uso nas aulas.

Daí às canetas ponteiro, com canas mais finas e maiores, foi um pequeno passo. As canas são decoradas das mais diversas cores e temas, e, resultam objetos inéditos, algo extravagantes, mas também bonitos. Mais recentemente, tendo decidido, numa tarde soalheira, ir fazer um pouco de jogging, reparei na beira do caminho, nuns arbustos que julgo serem utilizados para as garrafas de aniz, cheiram muito bem, sobretudo quando estão verdes, mas também quando secam. Lembrei-me de tentar a experiência de perfurar os caules de forma a criar um canal onde pudesse introduzir as recargas das canetas Bic cristal, e resultou. Alguns caules tem formas retorcidas muito curiosas, são decorados com tintas acrílicas e resultam canetas diferentes, algo absurdas, mas a que os alunos não têm ficado indiferentes.

 

Numa primeira fase procurava canas o mais direitas possível, entretanto, procuro canas o mais tortas possível, e assim, com o conjunto de canetas cartaxo, canetas ponteiro, direitas e retorcidas, fui colecionando, sem saber, ainda, que este viria a ser um bom tema para propor aos alunos e famílias, tendo como objetivo final deste ano letivo 2016/ 2017, uma exposição de canetas design por altura do carnaval, onde serão trabalhadas canções com instrumentais preparadas por mim, para textos meus e para textos dos alunos e famílias que, a seu tempo, irão ser desafiadas a colaborar. O tema para os textos das canções será o das canetas carnavalescas, o que, para quem se quiser dar ao desafio pode proporcionar ideias incríveis, pois que, neste tema, tudo, mesmo tudo, é possível. Eu mesmo, no momento em que escrevo, em que a ideia acabou de surgir, não sei exatamente para onde a imaginação me vai conduzir, mas, a seu tempo, as canções serão colocadas nesta página.

 

Hoje, dia 18 de Outubro de 2016, as ideias continuam a evoluir. Olho para as coisas sempre com a curiosidade de saber se este ou aquele material poderá resultar neste projeto. Na falta de caules do arbusto de aniz, reparei no chão da minha horta nalguns talos de couve secos que resistiam por ali à muito tempo. Notei o seu aspeto rústico e formas curiosas. Decidi experimentar. Eis o resultado, suportes para caneta feitos de velhos talos de couve velhos e secos

AS CANÇÕES

CANETA RETORCIDA

Uma caneta retorcida

de pau verde

de pau seco

de arbusto de aniz

 

uma história divertida

ninguém perde

neste beco

sem saída onde sou feliz

 

as histórias que eu vou escrever

com elas

todo o mundo vai dizer

 são belas

 

escrever direito em linha torta

a minha vida

onda do mar

de tinta em correnteza

 

céu caído à minha porta

sem ferida

eu vou brincar

com este azul, azul turquesa 

 

PONTO FINAL

Uma caneta a delirar

eu quero escrever ela parar

eu quero curva à direita

ela faz a reta perfeita

 

uma caneta independente

nem para trás nem para a frente

uma história sem sentido

um herói ali esquecido

 

uma caneta irregular

fora da lei

dou comigo a pensar

sei escrever ou não sei

 

no poema de amor não tem flor

no fundo do mar quer viajar

um ponto final é o melhor

na canção da caneta singular

 

A ESTRANHA HISTÓRIA DO TALO DE COUVE

Uma couve pequenina

na terra fofa a crescer

são os melros, os pardais

que a querem ir comer

 

cresce a couve tão bonita

folhas verdes tão gostosas 

são lagartas, borboletas

que se tornam mais perigosas

 

caracóis, caracoletas

que a querem devorar

depois de tantas piruetas

a história tem que acabar

são as pragas, os insetos

inseticida faz mal

os bichos não param quietos

raiz, folhas e caule

 

debaixo da terra rosca

rato cego vê no escuro

a caneta fica tosca

no seu bico o futuro

 

perdido, jogado fora

talo seco faz careta

o que acontece agora

transformou-se em caneta.

 

A MÁ DA ESCRITA

Esta caneta, torta, esquisita

exposta na luz clara da vitrina

eu escrevo muito, ela me ensina

que torta não é a má da escrita

 

a má da escrita

mundo medonho

caneta bonita

caneta torcida

destorce o meu sonho

poema de vida

 

não é o tempo de estar perfeito

sempre à risca seguindo a linha

pisar o risco com todo o respeito

com cada caneta louca minha

 

a má da escrita

mundo medonho

caneta bonita

caneta torcida

destorce o meu sonho

poema de vida

 

caneta que só tem defeito

que ondula, faz ésses e tudo 

tem mais beleza não ser a direito

caneta design para o entrudo

 

a má da escrita

mundo medonho

caneta bonita

caneta torcida

destorce o meu sonho

poema de vida

 

CARNIVAL PEN

In this pen where once the birds sang love songs

where once the butterflies danced its colorful balet

where once the bees began the day buzzing to the sun

where once the wind played forgotten the empty hours

 

this is my look

this the new time

I write a book

story sublime

my life has changed

now I am a strange

to the bad sign

 

In this pen that once made shadows to the country flowers

that once drew in the sky the flowers of your garden

that once called Autumn to take the leaves meet the sea

that once said goodbye to the clouds reflected in the morning dew

 

this is my look

this is the new time

I write a book

story sublime

my life has changed

now I am a strange

to the bad sign.

 

SINFONIA DAS CANETAS

As recargas das canetas

vermelhas, azuis, verdes e pretas

mudaram de lugar

 

querem cores, querem vida

numa história mais divertida

querem todas entrar

 

viraram costas à lua

galáxia nua e crua

verso, universo para amar

 

canetas de palmo e meio

resumo de um sonho cheio

canetas de vira mundo

princípio de infinito

coração livre é mais bonito

canetas de mar sem fundo

 

as recargas das canetas

vermelhas, azuis, verdes e pretas

luz e poesia

 

da terra rompe a certeza

o sol dá cor à beleza

dessa fantasia

 

longe do plástico feio

guardo todo o recheio

da tua alegria

 

BATALHA DE CANETAS FLORIDAS

Uma cana grossa, uma fina

uma linda menina que troça

da cor mais brilhante na curva

uma imagem turva e dançante

 

sortilégio no meu caminho

aroma bom do meu pé de funcho 

invento pétalas quando estou sozinho 

sem versos sou como as plantas, murcho

 

com as raízes viradas para cima

desenho desertos de mil azuis e rosa

rio de lava que lava a rima

que a batalha não se faz em prosa

 

uma árvore pendura a semente

numa vagem quente, forte e escura

eu nunca sei com rigor se vai resultar

começo a pintar como quem rega a flor

 

caneta de muitas elegâncias

orquídeas dançam na tua pele

teu destino é reduzir distâncias

na minha folha de papel.

 

MEMÓRIAS DE UMA CANETA

Quando o dia rompeu

já era tarde

um golpe de ferro que me doeu

caída no chão, o sol arde 

 

ali esquecida sem valor

sem dar flor

nem sementes que adivinham o futuro

aguardo o fim junto a um muro

 

alguém que passeia a melancolia

pega em mim agora

limpa a terra, restos da minha alegria

e leva-me consigo dali para fora

 

sou bem tratada, limpa, esfregada

com tintas coloridas decorada

começo a fazer riscos doidos numa folha

e reparo como feliz ele me olha

 

sou fotografada, sou falada, sou vedeta

Há novos planos para mim mas eu não sei

onde me leva este destino de caneta

talvez escrever sobre o orvalho que beijei.

 

POEMA CARNAVALESCO

Não reconheço este poema

nem a caneta que o escreve

este é o meu dilema

continuar ou fazer greve

 

aqui não vejo serpentinas

máscaras de meter medo

meninos vestidos de meninas

talvez ainda seja cedo

 

meu poema carnavalesco

que a tanto me atrevo

não é burla mas é burlesco 

como a caneta com que escrevo

 

brincadeiras de mau gosto

leva ou não leva a mal

tudo o que não é suposto

supostamente é o normal

 

samba é no sambódromo

em Veneza veneziano

quem ao frio anda nu é cromo

copiar é o maior engano

 

RIOS DE TINTA (A terra escreve com rios)

Como vou escrever à terra

falar de teus olhos raros

a terra escreve com rios

o céu escreve com nuvens e pássaros

palavras de insetos nos fios

como vou escrever à terra

falar de teus olhos raros

a terra escreve com rios

lágrimas não trazem dias claros

não quero versos sombrios

 

se a caneta se transforma em flor

em ondas do mar, cauda de pavão

seja o que for

e se for em coração

corações aos dois e dois

o que virá depois

 

se enfeitar com o teu nome

escrito com letras feitas de arame

se imaginar um ziguezaguear que some

e passa no exame

se desfiar a lua para fazer-te uma trança

a terra saberá ler, eis a minha esperança

 

CANETICE 

Caneta tulipa

caneta vassoura

folha de estrelícia

de cola quente

 

pau de virar tripa

curva e contra curva como mulher loura

malícia

para mexer com a gente

 

mundo se dissipa

coração estoura

verso na notícia

livro urgente

 

carnaval da caneta

quem escreve assim não é pago

que misterioso bago

dá esse sumo de tinta preta

 

ramo de figueira

teu nome laranja

caneta raiz

de erva daninha

 

tubo de mangueira

rimar é canja

o que não se diz

alguém adivinha

 

caneta brejeira

fruto do que se arranja

caneta feliz

caneta sem graínha

 

carnaval da caneta

quem escreve assim não é pago

que misterioso bago

dá esse sumo de tinta preta

 

ESCREVER COM PENA

Com pena de pato

escrevo o retrato

linha após linha

pena de galinha

 

com pena de ganso

pena de peru 

o que escrevo, alcanço

o que escrevo, és tu

 

com pena de cisne

o amor existe

no meu coração

pena de faisão

 

com pena de galo

pena de pavão

escrevo não calo

descrevo-te ou não

 

escrever com pena

é muito mais romântico

imagino a cena

numa frase pequena

um grande cântico

 

escrever com pena

a palavra escrita

de Tróia, Helena

escrevo na cantilena

tu és mais bonita.

 

LETRAS

Letras de mãos dadas na palavra

em fila indiana resistem como ferro

se uma letra invade a tua lavra

a essa invasão chama-se erro

 

letras gregas, letras árabes, latinas

letras a dançar como meninas

letra chinesa é chamada carater

desde os Fenícios que se escreve como a gente quer

 

literatura, poesia, versos de amor

alma madura, alegria, universo sedutor

romance lindo que ainda não se viveu

livro de memórias onde vives tu e eu

 

letras são estradas sinuosas

trilho de borboleta no jardim

letras sempre novas em velhas prosas

o ponto final outro começo em mim

 

letras russas, letras hindi, hebraicas

letras sagradas, hieroglifos, letras laicas

letras aproximam eternidades e instantes

subo os Himalaias em vogais e consoantes. 

 

O ESCRITOR

Caneta não fala

caneta exala o sonho

em tinta prisioneira

palavra certeira que ponho

em liberdade azul pioneira

 

escrevo sobre a caneta que escreve

deixo a pegada na neve

linha do horizonte romântico

 

caneta sabe tudo o que eu sei

obedece-me como se eu fosse rei

no campo de batalha semântico

 

caneta não cala

na mão embala universos

no livro nada apodrece

o pó cheirando a versos

que o coração agradece

 

O LIVRO GIGANTE DAS CANETAS

Canetas de penas

de ganso, de pavão

canetas de flor

meu amor, meu coração

 

escrever apenas

no voo da solidão

o sol desertor

no calor da emoção

 

no livro gigante das canetas vou dizer

palavras não perseguem tua sombra

virar a página que me ensina a ler

o silêncio de meu sangue bomba

 

canetas de penas

da cauda, da asa

pássaro no chão

coração em brasa

 

escrever apenas

perdido em casa

dor e devoção 

que ao passar arrasa

 

DUELO DE IDEIAS

Caneta contra caneta

uma azul e outra preta

minha música

o céu é sempre em linha reta

escrever-te e ver-te é a meta

metafísica

 

caneta contra caneta

ensaio sobre a semente

se mente, não dá

cem anos sem danos, vou indo

na linha vinha a palavra vindo

do mar para lá

 

agora sou feliz demais

trevo de quatro folhas me atrevo a folhear

agora teus ais são sinais

cresce a onda onde o coração foi desaguar

 

TEMPLO DA LITERATURA

De Hanói ninguém se esquece

arde o tempo e arrefece

meu lugar na ironia de viver

 

em Hanói aprendi deslumbrado

sou também um necessitado

ainda que pense tudo ter

 

Templo da Literatura

no coração da cidade

ler-te é uma aventura

no labirinto da verdade

 

simbologia da mão

Confúcio, olho no futuro

bonsai gigante, ilusão

tartaruga de ouro puro

 

arbusto em forma de animal

letras de flores vermelhas, sinal

crianças na vereda do jardim

 

em Hanói aprendi deslumbrado

sou também um necessitado

preciso de ti junto a mim

 

BREVE HISTÓRIA DA CANETA (a canção)

Os Sumérios, 3500 antes de Cristo

usavam a escrita cuneiforme

como é que se lê isto

a história não dorme

 

os Sumérios, 5500 anos atrás 

escreviam com ossos e madeira

vê lá tu se és capaz

de escrever no barro à sua maneira

 

breve história da caneta

esferográfica

minha canção, opereta

por aqui se fica

 

os Egípcios, 2500 anos A.C.

inventaram o papel, papiro

e a sua escrita como se lê

ler pra onde está voltada a figura, é giro

 

séculos mais tarde, penas de ganso

penas de metal, muito me canso

caneta tinteiro com mata-borrão

Ladislao Biro, Marcel Bich na melhor invenção

 

breve história da caneta

esferográfica

minha canção, opereta

por aqui se fica

O projeto Carnival Pen Design ficará por concluir, em virtude da minha necessidade de me afastar da escola para preservar a minha saúde psíquica, que, desde vários anos, vem sendo afetada por atitudes de discriminação negativa contra mim por parte das equipas dirigentes do agrupamento. Obrigado a todos os alunos e famílias que colaboraram para este projeto que, lamentavelmente, ficará inacabado.

Carnival Pen Design, fotoshow

Este fotoshow é um pequeníssimo apontamento de todos os trabalhos que criei com a finalidade de serem exibidos numa exposição escolar na semana anterior ao carnaval 2016. Estes trabalhos, que aparentemente nada tem que ver com educação musical, são na realidade o tema retratado nas canções que os alunos já estavam a trabalhar nas aulas, onde iriam cantar, tocar flauta e orquestra Orff, assim como as próprias canetas, que, sendo o tema do projeto, iriam ser usadas como instrumento musical, não exatamente estas, mas as normais canetas plásticas do dia-a-dia das aulas.

Carnival Pen Design 2

Carnival Pen Design 3

Carnival Pen Design 4

Carnival Pen Design 5